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Contador D'Estórias

Um blog com estórias dentro.

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Sab | 13.12.14

De Volta À Guitarra

Carina Pereira
Desde que me lembro de ser gente que sempre quis aprender guitarra. Mas as aulas sempre foram caras e a oportunidade só surgiu em 2011. Comecei a aprender em Portugal. Inscrevi-me nas aulas, - numa loja de instrumentos musicais até, onde tinham um professor e as aulas eram duas vezes por semana - comprei uma guitarra clássica baratita e um afinador, um caderno de música e lá fui eu toda contente, a carregar orgulhosamente a guitarra num saco fantástico que a minha mãe me tinha feito.Tive aulas durante seis meses. Não foram muito produtivas, sequer. Eu era um pouco preguiçosa para estudar em casa, as aulas eram dadas com outras pessoas que também estavam mais avançadas e, na verdade, foi por pouco tempo. Depois desses seis meses parei - não porque desisti de aprender, mas porque me mudei para a Bélgica.Por estupidez, esquecimento, e poupança de metros cúbicos no camião da transportadora, que já trazia tantas coisas, acabei por deixar a minha guitarra clássica para trás.  Fui-me entretendo com outras coisas. Mas não desisti de aprender a tocar. O meu professor na altura confidenciou-nos que só tinha começado a aprender música aos vinte e oito anos. E agora é professor, o que prova que nunca é tarde para começar.Ontem comprei uma guitarra acústica. Não por preferência mas porque vivo num sítio pequeno e foi o único tipo de guitarra que encontrei na loja. Sabia que se queria voltar a aprender guitarra a acústica também dava, por isso comprei esta. Foi barata também.As cordas de aço magoam mais os dedos - as pontas dos mesmos ficam dormentes. Mas é mais pequena do que a clássica que eu deixei para trás em Portugal, e o braço é ligeiramente mais estreito, e isso para já ajuda. Agora ando a pesquisar acordes e a ver videos no youtube enquanto não arranjo um professor. Ando a tentar memorizar os acordes, a colocar os dedos na posição correcta.Hoje memorizei os seguintes acordes: A, Amenor, D e D7. O mais difícil mesmo é alternar entre uns e outros. Onde coloco os dedos sem me enganar nas cordas que tenho de pressionar? Como é que as pessoas conseguem trocar entre acordes tão rapidamente? É como quando comecei a andar de carro; tantas coisas com que trabalhar, mãos e pés ao mesmo tempo, tanto para prestar atenção. Por isso suponho que, como na condução, um dia chego lá. Lá Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si.Vamos devagarinho. Para já vou ganhando calo, perdendo a paciência às vezes e maravilhando-me comigo mesma a cada nova aprendizagem. Como deve ser.

Carina Pereira

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