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Contador D'Estórias

Um blog com estórias dentro.

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Ter | 15.09.15

Blogazine #3

Carina Pereira
Tinha na ideia que havia aqui publicado o texto que eu e a Tim, do blog Devaneios Da Tim, escrevemos em conjunto para a revista online Blogazine mas, com as férias pelo meio, e a reestruturação da revista, acabei por me esquecer.Assim, aqui fica o texto, e as páginas da revista do mês de Agosto referentes ao mesmo, assim como um link para a revista completa. Espero que gostem!

Carina pereira

Blogazine

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#AindaSouDoTempo

Somos a geração que viu a tecnologia evoluir mais rapidamente. Ora vejam, estávamos nós no 2º ciclo quando o Walkman deu lugar ao Discman. No ano em que tivemos de escolher para que área queriamos ir, já os iPod’s davam o ar da sua graça. Agora vemos crianças de 12 anos com um iPhone e sem preocupações, como assim? Nós tinhamos todo um aparato de multimédia a por na mochila, e se lá coubesse tudo era milagre. Por vezes sentimo-nos uma Kimmy Schimdt neste mundo cheio de tecnologias.Em baixo reflectimos sobre o que mudou neste entretanto e, numa altura em que se debate até que ponto a tecnologia é uma mais-valia, ou um entrave às relações pessoais, apontamos o bom e o mau do antigamente, e do agora.
Tv clássica vs Tv com BoxSomos do tempo em que esperávamos pelos desenhos animados. Esperar pelo Dragon Ball ou pelas Navegantes da Lua.... Agora já ninguém espera, agora o pessoal grava ou volta atrás com um simples botão no comando. As nossas mães chegam a ter oito novelas de cada canal a encher a box e nós, nós até temos o último episódio da Anatomia de Grey por ver. Se soubéssemos o que sabemos hoje, até as nossas avós diziam “mas que bruxaria é essa?”.Bips/Telefones/Sinais de fumo vs Telemóveis – “Dá-me um toque para descer!” Dizíamos nós para ir brincar, agora até ligámos o Skype para pedir à amiga conselhos de indumentária. “Oh miga, achas que vou bem vestida?” Oh senhores, no nosso tempo, uma chamada de telemóvel custava-nos uma mesada. Agora temos todas as aplicações necessárias no telemóvel de última geração, sem gastar um cêntimo... A bateria é que já não dura 3 dias, e se durar 3 horas já é muito.Carroças vs Carros – Andar de carroça é giro, quando se está de visita à aldeia, ou se faz um passeio rural no meio da urbanização. A carroça já traz o ar condicionado no máximo e está sempre avariado. A carroça também nos proporciona uma bela e ampla paisagem de um rabo de cavalo/burro ou mula. Andar de carro é confortável, mas peca pela falta de excitação.Vinis/Cassetes/ Cd’s vs Ipod/Mp3Toca a virar a cassete e a usar o lápis para passar a música à frente, agora é carregar no botão e a música já é outra. E as pilhas que usávamos para o Discman e para o Walkman? Agora a pilha é outra.... Tínhamos bolsas para os cd’s, para as cassetes e para o próprio gadget. Agora? O telemóvel traz a música que precisamos e a quantidade é até rebentar os gigas todos.Disquetes/Cds/Pen’s/ Disco rígido Vs CloudAs disquetes devem ser daquelas coisas que não temos saudades nenhumas, pois só conseguiam guardar uma foto, e só se esta era super-hiper-mega pequena. Há mesmo quem não saiba, ainda, trabalhar com a Cloud (a Tim é um exemplo) mas quem não caça com cão, caça com gato. Todos devemos ter um disco rígido cheio de fotografias que merecem uma moldura na sala para toda a família ver, or not.Enciclopédia vs Wikipédia – Imaginemos um mundo onde, para fazermos um trabalho de casa, temos de ir à biblioteca local. Foi a nossa realidade muitas vezes, aliada a fotocópias ilegais de calhamaços que não nos permitiam levar para casa, e horas intermináveis a tentar encontrar o que realmente interessava. No entanto, para bem dos nossos males, as fontes eram fidedignas, por vezes desactualizadas, mas viáveis. A Wikipédia é um perfeito exemplo de que, quando nos juntamos para o bem, a humanidade consegue fazer coisas extraordinárias. Com uns quantos clicks lá temos tudo aquilo que precisamos; copy-paste, umas alteraçõezinhas para não parecer copiado, e lá temos nós um trabalho feito com pouco esforço. Mas, que não haja ilusões de que tudo é doce; um minuto estamos a pesquisar sobre o Arqueduque Franz Ferdinand, no minuto seguinte estamos, sem saber bem como, a pesquisar barreiras de corais, e lá se gasta assim o tempo sem o trabalho feito.Fotografia vs Formato digital – Havia na fotografia analógica todo um processo: comprava-se o rolo, tiravam-se as fotos, guardavam-se os negativos com todo o cuidado para não se queimarem, e depois lá íamos mandar revelar aquilo e ver o que nos calhava na rifa. Depois, faziam-se álbuns que, volta e meia, eram tirados da gaveta para relembrar o que já tinha ido. O formato digital permite-nos não correr o risco de um ângulo menos fotogénico, e deixa-nos guardar muitas mais recordações, – sim, porque um rolo de fotografia era caro e tinha pouca memória – mas se é certo que tiramos muitas mais fotografias, também é verdade que a maioria delas – boas e más – lá ficam guardadas num qualquer disco a ganhar pó.Máquina de escrever vs Word – Escrever à máquina é bem giro. Romântico, até. Quantas cartas de amor não foram escritas pelos dedos calejados de um amor clandestino? O batucar de cada tecla faz-nos sentir mais profissionais, mais maduros, almas antigas cheias de sabedoria e classe. De verdade, é mais bonito do que prático. Primeiro há que ter tinta, mesmo para os rascunhos. Depois, um erro que seja e lá se vai o trabalho quase imaculado para o lixo. No Word há uma quantidade de ferramentas para tornar o nosso trabalho mais simples e atractivo. Claro que, em verdade, dependemos de uma impressora, e tinta também. E, as cartas de amor, nunca ficam tão bonitas.Mapas vs Gps – Entre a voz torturante da senhora que nos diz “siga a estrada”, e ter de lutar sozinha com uns quantos papéis, acho que toda a gente se fica pelo GPS. E, quando passamos a fronteira do nosso país, é rir com a senhora a tentar pronunciar coisas e a falhar redondamente. Além do mais, se nos enganarmos no caminho, podemos sempre dizer que a culpa é dela.Livros de Papel vs Kindle – Diz Stephen Fry que os Kindles são tanto uma ameaça para os livros como os elevadores o são para as escadas, e di-lo com razão. É sabido que o papel é sinónimo de devastação de florestas, mas também é certo que não há nada melhor do que folhear um livro, cheirar as páginas, conseguir ver quantas folhas há ainda até chegarmos ao fim. Se os livros nos dão umas estantes bonitas em casa, o Kindle passeia-se na carteira sem nos ocupar muito espaço e, quando vai de férias connosco, leva toda uma biblioteca atrás. Por isso, e como livros nunca são demais, o bom é mesmo juntar o melhor dos dois mundos.Carina Pereira e Tim
[x] Por decisão das autoras este texto não se encontra escrito segundo o novo acordo ortográfico.

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