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Contador D'Estórias

Um blog com estórias dentro.

Contador D'Estórias

Um blog com estórias dentro.

Sab | 02.01.16

Blogazine #7 - Entrevista

Carina Pereira
Aqui deixo trambém a entrevista que dei para a revista Blogazine. Para saberem um pouco mais de mim, se vos aprouver! :Dhttp://www.joomag.com/magazine/blogazine/0901345001451600521?short*

Entrevista Carina Pereira

  1. Carina, antes de mais, consideras que a Carina que se apresenta na blogosfera é a mesma que os que te rodeiam conhecem?
Sim, e não. Há muito do que mostro na blogosfera que os meus amigos conhecem, mas nem toda a gente sabe que tenho um blog, que escrevo... principalmente a minha família, ainda tenho alguma vergonha de dar a conhecer esse meu lado à minha família. Ou melhor, saberem que eu escrevo sabem eles, mas o que escrevo... só publico no blog!
  1. Uma coisa que dizes (e se confirma) é que gostas de escrever poesia. Quando é que descobriste essa tua veia?
Acho que escrever poesia deve ter nascido comigo! Não me recordo de nenhuma altura na minha vida em que não escrevesse – ou inventasse, oralmente – poesia. Desde a escola primária que escrevo quadras e, mais tarde, estas evoluiram para poemas.
  1. Também gostas de cantar, é algo de que sempre gostaste ou algo mais recente?
Mais uma coisa que está comigo desde criança, com muito incentivo do meu pai! A primeira música de que me recordo, era uma que tocava várias vezes no leitor de vynil que os meus pais tinham lá em casa, chamada “Papai”. Era do Jorge Ferreira, que a cantava com a filha, e foi também por causa dela que aprendi a expressão “o disco vai riscar”. Como todas as crianças, quando têm uma fixação por alguma coisa, nunca me fartava de a ouvir.A partir daí sempre cantei, em casa e, a certa altura, fiz parte de uma banda, que nunca chegou a ser nada de sério.Desde os seis anos que queria aprender a tocar guitarra também, e agora pareço estar finalmente no bom caminho.
  1. O teu blog fez recentemente um ano, o que é que ganhaste, como ser humano, da blogosfera?
Ganhei, mais uma vez, a convicção de que o mundo está cheio de pessoas desinteressadamente bondosas. Sou uma optimista e acredito que o mundo, sendo tão mau quanto o pintam, é bom na mesma medida. Encontrei pessoas que, em troca de nada, tiram um pouco do seu tempo para nos alegrarem o dia, nos incentivarem e elogiarem.E escrever faz-me bem, compôr faz-me bem, partilhar faz-me bem. Isso basta para continuar.
  1. Dizes que criaste o teu blog para te aproximares da tua língua materna, o português, vivendo na Bélgica, quando é que sentes mais falta de Portugal?
Não há uma altura específica, mas quando vejo espectáculos que não chegam cá, principalmente de fado, fico a remoer no facto de não poder assistir aos mesmos.
  1. Porquê o nome Contador d’Estórias?
Porque é aquilo que gosto de fazer, ou aquilo em que mais gostava de me distinguir, seja através da poesia, da narrativa ou da música, até.Como disse Platão: “Aqueles que contam estórias regem o mundo”. É um desejo do que eu gostaria de ser, mais do que outra coisa qualquer.
  1. O teu blog não é como a maioria, em que é que se distingue?
Não sei bem o que o distingue dos outros. Não o actualizo com o afinco direccionado para o reconhecimento, senão faria publicações todos os dias. Faço-o por diversão; se me deixasse de dar gozo e se tornasse um fardo, abandoná-lo-ia. De resto, é uma mixórdia, e tanto se encontram contos originais, como letras, ou até resenhas de livros e discos. È um resumo do que eu sou e gosto, porque me é difícil gostar das coisas sem ser de forma apaixonada, e gostá-las só para mim. Quando algo me faz feliz – mesmo as coisas simples – gosto de o dar a conhecer aos outros.
  1. Qual é a tua ambição ao nível da blogosfera?
Ser lida, claro. Sempre que publico algum artigo é para chegar a alguém, para obter uma resposta, uma reacção. E também serve para eu ser motivada a escrever, pois tenho tendência a dar-me à preguiça. Saber que o que publico não é só para mim, e saber que alguém vai ver e comentar, faz-me querer criar coisas novas.
  1. Abordado o tema deste mês, tens algum hábito/supertição que pratiques na passagem de ano?
Antes comia as passas à meia noite, em cima de uma cadeira mas, como odeio passas, achei que era mau prenúncio começar o ano a fazer algo que não gosto. Vou pedindo ainda os desejos, muitas vezes de uma forma atabalhoada, mesmo na minha própria cabeça.
  1. Quais são os teus projetos para 2016?
Quero acabar os dois livros – se me posso dar ao descaramento de os chamar assim – que comecei este ano e, por sinal, deveriam ter sido terminados este ano. Acho que quando 2016 chegar ao fim vou acabá-lo a dizer exactamente o mesmo. Isso é bom, será sinal que não desisti.Quero aumentar a minha biblioteca, ler mais livros de José Eduardo Agualusa e Mia Couto, – os meus favoritos – conhecer mais gente e mais sítios, ir a mais concertos, enfim, ser ainda mais feliz, que é o meu projecto de todos os anos.O ano de 2015 foi de muitas mudanças, para melhor. Por isso, só me resta esperar para ver o que aí vem.

Carina Pereira

Entrevista1

Entrevista2

Entrevista3

 
Sab | 02.01.16

Blogazine #7 - Entrevista

Carina Pereira
Aqui deixo trambém a entrevista que dei para a revista Blogazine. Para saberem um pouco mais de mim, se vos aprouver! :Dhttp://www.joomag.com/magazine/blogazine/0901345001451600521?short*

Entrevista Carina Pereira

  1. Carina, antes de mais, consideras que a Carina que se apresenta na blogosfera é a mesma que os que te rodeiam conhecem?
Sim, e não. Há muito do que mostro na blogosfera que os meus amigos conhecem, mas nem toda a gente sabe que tenho um blog, que escrevo... principalmente a minha família, ainda tenho alguma vergonha de dar a conhecer esse meu lado à minha família. Ou melhor, saberem que eu escrevo sabem eles, mas o que escrevo... só publico no blog!
  1. Uma coisa que dizes (e se confirma) é que gostas de escrever poesia. Quando é que descobriste essa tua veia?
Acho que escrever poesia deve ter nascido comigo! Não me recordo de nenhuma altura na minha vida em que não escrevesse – ou inventasse, oralmente – poesia. Desde a escola primária que escrevo quadras e, mais tarde, estas evoluiram para poemas.
  1. Também gostas de cantar, é algo de que sempre gostaste ou algo mais recente?
Mais uma coisa que está comigo desde criança, com muito incentivo do meu pai! A primeira música de que me recordo, era uma que tocava várias vezes no leitor de vynil que os meus pais tinham lá em casa, chamada “Papai”. Era do Jorge Ferreira, que a cantava com a filha, e foi também por causa dela que aprendi a expressão “o disco vai riscar”. Como todas as crianças, quando têm uma fixação por alguma coisa, nunca me fartava de a ouvir.A partir daí sempre cantei, em casa e, a certa altura, fiz parte de uma banda, que nunca chegou a ser nada de sério.Desde os seis anos que queria aprender a tocar guitarra também, e agora pareço estar finalmente no bom caminho.
  1. O teu blog fez recentemente um ano, o que é que ganhaste, como ser humano, da blogosfera?
Ganhei, mais uma vez, a convicção de que o mundo está cheio de pessoas desinteressadamente bondosas. Sou uma optimista e acredito que o mundo, sendo tão mau quanto o pintam, é bom na mesma medida. Encontrei pessoas que, em troca de nada, tiram um pouco do seu tempo para nos alegrarem o dia, nos incentivarem e elogiarem.E escrever faz-me bem, compôr faz-me bem, partilhar faz-me bem. Isso basta para continuar.
  1. Dizes que criaste o teu blog para te aproximares da tua língua materna, o português, vivendo na Bélgica, quando é que sentes mais falta de Portugal?
Não há uma altura específica, mas quando vejo espectáculos que não chegam cá, principalmente de fado, fico a remoer no facto de não poder assistir aos mesmos.
  1. Porquê o nome Contador d’Estórias?
Porque é aquilo que gosto de fazer, ou aquilo em que mais gostava de me distinguir, seja através da poesia, da narrativa ou da música, até.Como disse Platão: “Aqueles que contam estórias regem o mundo”. É um desejo do que eu gostaria de ser, mais do que outra coisa qualquer.
  1. O teu blog não é como a maioria, em que é que se distingue?
Não sei bem o que o distingue dos outros. Não o actualizo com o afinco direccionado para o reconhecimento, senão faria publicações todos os dias. Faço-o por diversão; se me deixasse de dar gozo e se tornasse um fardo, abandoná-lo-ia. De resto, é uma mixórdia, e tanto se encontram contos originais, como letras, ou até resenhas de livros e discos. È um resumo do que eu sou e gosto, porque me é difícil gostar das coisas sem ser de forma apaixonada, e gostá-las só para mim. Quando algo me faz feliz – mesmo as coisas simples – gosto de o dar a conhecer aos outros.
  1. Qual é a tua ambição ao nível da blogosfera?
Ser lida, claro. Sempre que publico algum artigo é para chegar a alguém, para obter uma resposta, uma reacção. E também serve para eu ser motivada a escrever, pois tenho tendência a dar-me à preguiça. Saber que o que publico não é só para mim, e saber que alguém vai ver e comentar, faz-me querer criar coisas novas.
  1. Abordado o tema deste mês, tens algum hábito/supertição que pratiques na passagem de ano?
Antes comia as passas à meia noite, em cima de uma cadeira mas, como odeio passas, achei que era mau prenúncio começar o ano a fazer algo que não gosto. Vou pedindo ainda os desejos, muitas vezes de uma forma atabalhoada, mesmo na minha própria cabeça.
  1. Quais são os teus projetos para 2016?
Quero acabar os dois livros – se me posso dar ao descaramento de os chamar assim – que comecei este ano e, por sinal, deveriam ter sido terminados este ano. Acho que quando 2016 chegar ao fim vou acabá-lo a dizer exactamente o mesmo. Isso é bom, será sinal que não desisti.Quero aumentar a minha biblioteca, ler mais livros de José Eduardo Agualusa e Mia Couto, – os meus favoritos – conhecer mais gente e mais sítios, ir a mais concertos, enfim, ser ainda mais feliz, que é o meu projecto de todos os anos.O ano de 2015 foi de muitas mudanças, para melhor. Por isso, só me resta esperar para ver o que aí vem.

Carina Pereira

Entrevista1

Entrevista2

Entrevista3

 
Sab | 02.01.16

Blogazine #7

Carina Pereira
2016 começa da melhor maneira, com uma edição da revista Blogazine novinha em folha para vocês.Este mês, esta edição, é ainda mais especial para mim: conta com o meu artigo sobre o livro Tia Guida, de André Fernandes, e tive o privilégio de ser a entrevistada de Janeiro!Podem ver tudo no link em baixo. Não se esqueçam que a Blogazine agora também tem um site, onde podem ler todas as edições e subscrever, para não perderem as próximas!Deixo a resenha do livro Tia Guida aqui para uma leitura mais fácil! A entrevista segue na próxima publicação!Bom Ano de 2016 a todos! :Dhttp://www.joomag.com/magazine/blogazine/0901345001451600521?short*

Tia Guida de André Fernandes

Há várias formas de lidar com a perda, com aquilo que nos assusta e nos marca para sempre. André Fernandes, autor de “Tia Guida” encontrou na escrita uma forma de homenagem a uma das pessoas mais importantes da sua vida e conseguiu, desta forma, passar um testemunho precioso e necessário a todos aqueles que, infelizmente, lidam com o cancro. Porque “Tia Guida” é um livro sobre cancro. Sem romantismos, sem paninhos quentes que embelezem uma doença tão feia.Neste livro, além do relato verídico do que André passou durante anos, estão também conselhos do que ele gostaria de ter feito, de como ele gostaria de ter lidado com o cancro, que servem de ponto de partida para quem está perdido porque alguém próximo sofre desta doença e não sabe o que fazer. Pode ser usado como guia, além de tudo o resto.Este testemunho relata a luta da tia de André contra um tumor maligno e daquilo que mudou na vida dela e dos que a rodeavam. Não é uma leitura aconselhada a todos, porque é crua e triste. André consegue falar dos acontecimentos sem lhes impôr um sentimentalismo excessivo, mas é impossível ler a história sem nos comovermos.Página após página a esperança, como tantas vezes acontece nesta doença, vai balançando; um dia tudo parece correr pelo melhor, no dia seguinte todos os passos em frente se desdão de uma só vez, voltando a um ponto onde o futuro parece não se avistar no horizonte. Mas, se há algo que esta história também nos ensina, é que os milagres – ou aquilo que a eles tanto se assemelha – também acontecem. Um diagnóstico tomado como certo é às vezes fintado pela fome de viver. E mais dias passam, uns bons e outros maus, e mais anos se contam, quando afinal fora dito que havia apenas meses no calendário para viver.É um livro sobre perda mas, principalmente, sobre o amor. Vai na sua 5ª edição.“Achamos, de certa forma, que quem amamos nos pertence. Mais a nós do que à vida. E, desse modo, recusamo-nos a deixar a vida levar o que é nosso.”“Mas, por sabermos da possibilidade de existir um prazo, o momento mais bem aproveitado torna-se imediatamente o momento que deixa mais saudades. Vivemos no momento, mas já sentimos falta dele.”

Carina Pereira

Tia Guida

  
Sab | 02.01.16

Blogazine #7

Carina Pereira
2016 começa da melhor maneira, com uma edição da revista Blogazine novinha em folha para vocês.Este mês, esta edição, é ainda mais especial para mim: conta com o meu artigo sobre o livro Tia Guida, de André Fernandes, e tive o privilégio de ser a entrevistada de Janeiro!Podem ver tudo no link em baixo. Não se esqueçam que a Blogazine agora também tem um site, onde podem ler todas as edições e subscrever, para não perderem as próximas!Deixo a resenha do livro Tia Guida aqui para uma leitura mais fácil! A entrevista segue na próxima publicação!Bom Ano de 2016 a todos! :Dhttp://www.joomag.com/magazine/blogazine/0901345001451600521?short*

Tia Guida de André Fernandes

Há várias formas de lidar com a perda, com aquilo que nos assusta e nos marca para sempre. André Fernandes, autor de “Tia Guida” encontrou na escrita uma forma de homenagem a uma das pessoas mais importantes da sua vida e conseguiu, desta forma, passar um testemunho precioso e necessário a todos aqueles que, infelizmente, lidam com o cancro. Porque “Tia Guida” é um livro sobre cancro. Sem romantismos, sem paninhos quentes que embelezem uma doença tão feia.Neste livro, além do relato verídico do que André passou durante anos, estão também conselhos do que ele gostaria de ter feito, de como ele gostaria de ter lidado com o cancro, que servem de ponto de partida para quem está perdido porque alguém próximo sofre desta doença e não sabe o que fazer. Pode ser usado como guia, além de tudo o resto.Este testemunho relata a luta da tia de André contra um tumor maligno e daquilo que mudou na vida dela e dos que a rodeavam. Não é uma leitura aconselhada a todos, porque é crua e triste. André consegue falar dos acontecimentos sem lhes impôr um sentimentalismo excessivo, mas é impossível ler a história sem nos comovermos.Página após página a esperança, como tantas vezes acontece nesta doença, vai balançando; um dia tudo parece correr pelo melhor, no dia seguinte todos os passos em frente se desdão de uma só vez, voltando a um ponto onde o futuro parece não se avistar no horizonte. Mas, se há algo que esta história também nos ensina, é que os milagres – ou aquilo que a eles tanto se assemelha – também acontecem. Um diagnóstico tomado como certo é às vezes fintado pela fome de viver. E mais dias passam, uns bons e outros maus, e mais anos se contam, quando afinal fora dito que havia apenas meses no calendário para viver.É um livro sobre perda mas, principalmente, sobre o amor. Vai na sua 5ª edição.“Achamos, de certa forma, que quem amamos nos pertence. Mais a nós do que à vida. E, desse modo, recusamo-nos a deixar a vida levar o que é nosso.”“Mas, por sabermos da possibilidade de existir um prazo, o momento mais bem aproveitado torna-se imediatamente o momento que deixa mais saudades. Vivemos no momento, mas já sentimos falta dele.”

Carina Pereira

Tia Guida