Lembro-me da minha mãe me contar que, antigamente, toda a gente lavava a loiça a correr no fim do jantar, para depois se juntarem todos em frente à televisão a ver a Eurovisão. Em criança ainda assisti a algumas edições do festival, embora não me recorde de quase nenhuma actuação Portuguesa e, aos poucos, e à medida que o festival deixou de ser um espectáculo onde Portugal singrava e muitas das actuações pareciam uma competição a ver quem era o mais estranho, acabei por (...)
au·to·-es·ti·ma (auto- + estima)substantivo femininoApreço ou valorização que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios actos e pensamentos.a·mor·-pró·pri·osubstantivo masculinoRespeito que cada qual tem de si mesmo, da sua dignidade.(Dicionário Priberam de Língua Portuguesa) Auto-estima e amor-próprio não são a mesma coisa. Nunca tinha consultado as definições antes, foi uma conclusão a que cheguei sozinha e, de certa forma, me (...)
O meu grupo de amigos tem uma piada sobre como, quando algumas mulheres se juntam a conversar, a conversa acaba sempre em pêlos. Já por várias vezes, enunciando a piada, acaba a mesa toda - quer queira, quer não - a falar sobre falar de pêlos. Esta semana a filha da Madonna, Lourdes Maria, foi à praia com a depilação das axilas por fazer e o mundo parou. (Tenho de me lembrar de trazer esta notícia à baila no próximo jantar com amigos, há que haver fama com proveito.) O Pedro (...)
"Mas não há coisas mais importantes para tratar?" Ainda agora vi este comentário numa notícia sobre a aprovação da lei de identidade de género. Mesmo sem ser ainda agora, vejo constantemente esta pergunta em tudo o que é comentário a notícias do género - sem trocadilho intencional. (Eu sei, devia ter parado há muito tempo de ler comentários, mas há uma força superior a mim nisto tudo.) Se fossemos todos só tratar daquilo que se acha ser mais importante, nunca se (...)
Quanto mais falo das minhas experiências pessoais com outros, mais as pessoas se sentem à vontade para partilhar as delas comigo, e mais me apercebo que há muita gente que não é verdadeiramente feliz. E, no entanto, antes delas se abrirem comigo, eu olhava para dentro de mim mesma e contemplava as lombas todas no meu caminho e pensava que o mundo estava cheio de pessoas felizes. Pessoas certas das relações que tinham, das coisas que queriam fazer com a vida. Mas depois fui (...)
Quanto mais falo das minhas experiências pessoais com outros, mais as pessoas se sentem à vontade para partilhar as delas comigo, e mais me apercebo que há muita gente que não é verdadeiramente feliz. E, no entanto, antes delas se abrirem comigo, eu olhava para dentro de mim mesma e contemplava as lombas todas no meu caminho e pensava que o mundo estava cheio de pessoas felizes. Pessoas certas das relações que tinham, das coisas que queriam fazer com a vida. Mas depois fui (...)
Estou sozinha, apeada do mundo. Ele gira e eu caminho, sem saber bem por onde vou. Os cruzamentos da minha vida são as escolhas que me aparecem no caminho, mas eu nem sei bem por onde ir, às vezes nem sequer sei onde quero chegar.O meu destino seria a felicidade, mas essa é um meio de transporte, não um porto para atracar. Ninguém chega à felicidade e monta ali pousio, não, porque a felicidade é tão frágil e oscilante como uma semente de dente-de-leão ao vento. A felicidade é (...)
Estou sozinha, apeada do mundo. Ele gira e eu caminho, sem saber bem por onde vou. Os cruzamentos da minha vida são as escolhas que me aparecem no caminho, mas eu nem sei bem por onde ir, às vezes nem sequer sei onde quero chegar.O meu destino seria a felicidade, mas essa é um meio de transporte, não um porto para atracar. Ninguém chega à felicidade e monta ali pousio, não, porque a felicidade é tão frágil e oscilante como uma semente de dente-de-leão ao vento. A felicidade é (...)
Estou de coração cheio. Assim, a rebentar quase, como um balão soprado pelo fôlego fresco de uma criança. São as coisas mais simples que nos deixam o peito aconchegado, e quem alguma vez disser que a leitura não alimenta, é porque não sabe da fome de espírito.Hoje li uma coluna de José Eduardo Agualusa sobre Mia Couto. Dois dos que mais admiro juntaram-se num texto só pelas mãos de José Eduardo, a propósito dos 60 anos - festejados a 5 de Julho - de Mia. Ver como Agualusa (...)
Estou de coração cheio. Assim, a rebentar quase, como um balão soprado pelo fôlego fresco de uma criança. São as coisas mais simples que nos deixam o peito aconchegado, e quem alguma vez disser que a leitura não alimenta, é porque não sabe da fome de espírito.Hoje li uma coluna de José Eduardo Agualusa sobre Mia Couto. Dois dos que mais admiro juntaram-se num texto só pelas mãos de José Eduardo, a propósito dos 60 anos - festejados a 5 de Julho - de Mia. Ver como Agualusa (...)
Como escrevi aqui há uns meses atrás, a minha crónica - Os Destruidores De Amor-Próprio - foi aceite para publicação na plataforma Maria Capaz.Encontrei o site através da minha feed to facebook e gostei imenso dos textos lá publicados e dos assuntos, tantas vezes esquecidos, que eles trazem à baila. Agora, foi a minha vez de, - com orgulho, admito! - dar o meu contributo também.A crónica foi publicada hoje e pode (...)
Como escrevi aqui há uns meses atrás, a minha crónica - Os Destruidores De Amor-Próprio - foi aceite para publicação na plataforma Maria Capaz.Encontrei o site através da minha feed to facebook e gostei imenso dos textos lá publicados e dos assuntos, tantas vezes esquecidos, que eles trazem à baila. Agora, foi a minha vez de, - com orgulho, admito! - dar o meu contributo também.A crónica foi publicada hoje e pode (...)
Nestes últimos dias, na minha feed do facebook, têm aparecido alguns textos que, além de me fazerem revirar os olhos, acabam por me chamar a atenção só com as pequenas frases seleccionadas como introdução, e lá vou eu ler tudo para poder efectivamente revirar os olhos com mais força. Não me levem a mal, eu não me sinto no direito de ridicularizar quem Gostolhes põe e entendo que não podemos todos gostar do mesmo, mas vi tantos textos nesta categoria que hoje não resisti a (...)
Nestes últimos dias, na minha feed do facebook, têm aparecido alguns textos que, além de me fazerem revirar os olhos, acabam por me chamar a atenção só com as pequenas frases seleccionadas como introdução, e lá vou eu ler tudo para poder efectivamente revirar os olhos com mais força. Não me levem a mal, eu não me sinto no direito de ridicularizar quem Gostolhes põe e entendo que não podemos todos gostar do mesmo, mas vi tantos textos nesta categoria que hoje não resisti a (...)
Há vidas fascinantes. Há vidas que nem precisam de encadernação com capa de couro polida, são livros abertos e inteiros, de nos perdermos assim mesmo, só em as ouvir.A vida alheia fascina-me. Não num esforço mesquinho de a querer saber por saber, de a julgar ou apontar dedos, mas na simples e sincera curiosidade de gostar de histórias. Embora me retraia a questionar quando tenho oportunidade, gosto de saber dos passados de outrem, dos seus rios e afluentes, de experiências que (...)
Há vidas fascinantes. Há vidas que nem precisam de encadernação com capa de couro polida, são livros abertos e inteiros, de nos perdermos assim mesmo, só em as ouvir.A vida alheia fascina-me. Não num esforço mesquinho de a querer saber por saber, de a julgar ou apontar dedos, mas na simples e sincera curiosidade de gostar de histórias. Embora me retraia a questionar quando tenho oportunidade, gosto de saber dos passados de outrem, dos seus rios e afluentes, de experiências que (...)
que neste momento estou aqui a saltar na cadeira! Até estava a tirar uma receita para fazer coxinhas de frango e já me desnorteei toda!Enviei, há umas semanas atrás, uma crónica minha para o blog Maria Capaz e... a publicação foi aceite! Recebi hoje o e-mail de confirmação!Perdoem-me o entusiasmo, mas se não se comemoram as pequenas alegrias da vida, que fazemos nós com elas?Quando a crónica for publicada avisar-vos-ei!Carina Pereira
que neste momento estou aqui a saltar na cadeira! Até estava a tirar uma receita para fazer coxinhas de frango e já me desnorteei toda!Enviei, há umas semanas atrás, uma crónica minha para o blog Maria Capaz e... a publicação foi aceite! Recebi hoje o e-mail de confirmação!Perdoem-me o entusiasmo, mas se não se comemoram as pequenas alegrias da vida, que fazemos nós com elas?Quando a crónica for publicada avisar-vos-ei!Carina Pereira
27 de Janeiro de 2005"Há dias como este. Dias em que sinto que o mundo lá fora é perfeito e, mesmo que não o fosse, pouco importava, porque aqui dentro sempre seria. Há dias como este, em que a chuva bate contra o vidro da janela e o vento uiva mas eu estou aqui com o sol a brilhar mesmo à minha beira. Dias em que a vida já não parece vida porque isto é demasiado para ser só viver. Pegas na minha mão e colocas-la entre os teus dedos porque as tuas mãos são grandes e as minhas (...)
27 de Janeiro de 2005"Há dias como este. Dias em que sinto que o mundo lá fora é perfeito e, mesmo que não o fosse, pouco importava, porque aqui dentro sempre seria. Há dias como este, em que a chuva bate contra o vidro da janela e o vento uiva mas eu estou aqui com o sol a brilhar mesmo à minha beira. Dias em que a vida já não parece vida porque isto é demasiado para ser só viver. Pegas na minha mão e colocas-la entre os teus dedos porque as tuas mãos são grandes e as minhas (...)